sábado, 9 de junho de 2012

Os gringos, suas músicas e características.

Dando continuidade ao post sobre a formosa maneira como os gringos sambam, compartilho a análise feita por um antigo companheiro de trabalho em relação a como as músicas de cada país influenciam a forma de ser de seus habitantes.

Comecemos pelo Brasil. Aqui o povo é alegre, descontraído e é por isso que a gringalhada gosta deste lugar e perde a cabeça quando chega aqui (além da carteira, dinheiro, câmera, cartão de crédito...). E o samba é um estilo musical exatamente igual, razão pela qual os brasileiros adotaram para si essas características.



Baixando um pouco a terra dos hermanos, o tango argentino é uma dança forte, pois representa o espírito e o temperamento do povo de lá tão conhecido pelos latino-americanos por irem às ruas protestar e bater panelas (ou seria cuias de erva mate?).



Subindo à terra dos yankees, temos o rap e o hip-hop tão cultuados pela galerinha jovem que não deve entender um caralho do que falam os negões cheios de gírias. Afinal, o que mais chama a atenção neles são o estilo de vida que têm, além das roupas, cordões de ouro ou prata em formato de $, entre outros apetrechos que impulsionam o consumo, típica característica do centro do capitalismo mundial: Estados Unidos da América.



Partindo para a Europa, mais precisamente para a terra de nossos ex-colonizadores, encontramos o fado português. Esse é um estilo de música triste, melancólico como todo português. Duvida? Pois, dê "bom dia" a um gajo para ver se ele não responde algo como: "bom dia sim...mas, parece que vai chover".



E terminando nosso tour musical, chegamos no Japão, terra dos samurais e da música enka, também conhecido como "brega japonês". Aos que não conhecem, trata-se daquele tradicional estilo de música em que os cantores parecem estar cagando. Apesar disso, é uma música calma como os japoneses costumam ser. 



Quem lembrar de outros exemplos, pode por nos comentários. E quem lembrar de boas músicas nacionais, não apenas coloquem nos comentários, mas divulguem pelo mundo afora para que os gringos parem de ouvir e cantar merdas como por exemplo:

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Não são só os gringos que passam vergonha.

Dentro de poucos dias a "Cidade Maravilhosa" receberá um perfil diferente de gringo: ao invés dos desleixados de sandália havaiana e as breguíssimas camisas ao estilo "I love Rio" ou ainda "Alguém que gosta muito de mim trouxe esta camisa do Rio" (argh!), teremos engravatados que virão para a Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, mais conhecido como Rio + 20 (embora muita gente não conheça mesmo assim).

Porém, desta vez, não serão os gringos que passarão vergonha por suas gringuices e sim nós pelas nossas brasileirices. Desde a chegada no aeroporto internacional até a sede do evento, líderes ambientais e chefes de estado do mundo inteiro vão se deparar com imagens desde crianças pescando em meio ao lixo próximo da Estrada do Galeão até o poluído Rio Arroio Fundo na Barra da Tijuca.


A "sorte" é que o povo não liga muito para desenvolvimento sustentável, né? Afinal, estamos na terra da praia, do samba e da caipirinha. Mas, e quando chegarem eventos que tratem de coisas "realmente importantes" como futebol?


Não é a toa que os gringos vêm para cá fazer bagunça. Esta cidade é uma bagunça. Puta que pariu, gente! Temos que fazer alguma coisa.

domingo, 3 de junho de 2012

Baila, gringo!

O Brasil é um país miscigenado: tem branco, preto, mulato, índio, amarelo, vermelho (normalmente gringo queimado de praia), etc. Portanto, como identificar quem é brasileiro e quem é gringo? Simples, é só mandar o boneco sambar.

Se o cara tem samba no pé ou dança de forma discreta com o peito estufado e a cabeça pra cima olhando a mulherada e o ambiente, é brasileiro. Se dança de forma estranha, destrambelhada, fora do ritmo, movendo braços e pernas de maneira desastrosa, esbarrando em todo mundo que passa por perto e, o que é pior, se achando o máximo, é gringo.

Não esqueço da vez em que fui ao Carioca da Gema e as pessoas não podiam se movimentar por conta de um loirão que ocupava toda a pista dançando tango como se não houvesse amanhã. Só lhe faltava a flor na boca. Ah, e detalhe: a banda tocava samba.

Tão pouco esqueço do dia em que fui ao Salgueiro e já me dava nos nervos ver a típica rodinha de gringos onde todos dançavam igual a este cidadão:


Não tardei em me meter no meio roda para mostrar aos branquelos como se samba de verdade. E foi aí que o pior aconteceu: um italiano teve a brilhante ideia de "sambar" equilibrando uma caipirinha na cabeça. E como ele estava do meu lado para poder imitar meus passos, o resultado não poderia ser outro: o copo caiu e tomei um banho de caipirinha!


Portanto, faço deste post um aviso: se vir um gringo dançando, fique longe. Além de passar vergonha, você ainda pode sair encharcado de cachaça, limão e açúcar.

Vão tomar no cú!


Durante três anos trabalhei num cyber em Copacabana. Devido a localização, estrangeiros doidos como os que protagonizam as postagens deste blog havia aos montes!

Contudo, lembro-me agora de um australiano que sempre chegava à loja fungando. Como ele era alto, podia ver suas narinas completamente brancas. "Fucking air conditioner", dizia o sujeito.
Enfim, nos tornamos amigos e até fomos tomas umas cervejas algumas vezes. Naquela época achava legal ter amigos gringos, hoje em dia acho sair com gringo a maior furada. Algumas vezes só queremos ficar em estado bobo alegre ou ainda esquecer na pureza da cachaça aquela filha da puta ingrata e não explicar detalhadamente ao branquelo como ele faz pra ir ao Cristo, ao Pão de Açúcar ou a puta que pariu.

Mas, voltando ao caso do australiano, realmente o cara pancava todo dia e toda hora! Até que lhe perguntei se ele fazia o mesmo em seu país e ele me responde que não porque o Brasil é um lugar onde há essa oportunidade.
VAI TOMAR NO CÚ! Foi o primeiro pensamento que me ocorreu, mas todos nós já sabemos que, para os gringos, o Brasil é uma verdadeira pancadolândia. Algumas vezes me pergunto o que os brazucas acham da sensação de viver num lugar que para muitos é o paraíso das drogas e putaria pesada.

Mas, sinceramente, acho que eles nem se importam porque muitos brasileiros também estão mergulhando felizes (igual Tio Patinhas no caixa forte) nas drogas pesadíssimas e na poligamia desenfreada. Ou no mínimo tomando cerveja até criar barriga e esquecer a dura realidade vendo o jogo do "framengo" comendo frango frito com farofa.
E é por isso que os gringos tanto gostam daqui! Quem é que não gosta de uma bagunça? Mas, uma coisa é três dias de bagunça e outra completamente diferente é uma vida de bagunça. 

Aos gringos que vêm aqui fazer baderna e escrachar os brasileiros que repudiam esse tipo de comportamento, repito o recado acima: VÃO TOMAR NO CÚ!

O gringo endinheirado!

Muita gente pensa que os gringos que vêm passar férias no Brasil são ricos, que eles cagam euro e limpam o cú com nota de cem dólares. Pois bem, lhes contarei então uma verdade que talvez mude suas vidas para sempre (ou não): os gringos que vêm ao Brasil, em sua maioria, não são milionários a ponto de comprar um apartamento de 32 milhões de reais no Leblon que imaginamos. Eles pertencem a classe média européia ou norte americana, mas aqui se tornam bam bam bans graças à magnífica taxa cambial.

É o caso do yankee que protagoniza o post de hoje. Beirando a casa dos cinquenta anos, Mr. R veio à cidade calamitosa disposto a cometer todas as barbaridades que ele talvez não cometera durante toda sua vida. Eu fui quem (lamentavelmente) fez sua recepção oferecendo-lhe estadia num hostel e num apartamento. Quando o conheci pessoalmente, esperava encontrar um senhor sério e de pose distinta, mas acabei deparando-me com um coroa maluco.

Por que maluco? Bem, comecemos porque, assim que ele chegou, sem razão aparente, deu a cada uma das faxineiras do hostel a irrisória quantia de 50 reais. Para a recepcionista que tentou configurar seu celular e não conseguiu, ele foi mais generoso: pagou-lhe 400 reais. Mais tarde ele tentou de todas as formas que vocês possam imaginar convencer o gerente a vender-lhe o sofá da recepção para que ele possa comrpar um totalmente novo (sim , é isso mesmo que vocês leram).

Se isso não é ser maluco, não sei mais o que possa ser. Ou talvez saiba! Pagar 700 reais a um cara de porte físico um pouco superior ao do Seu Madruga para ser seu guarda costas particular, bancar jantar para 30 pessoas e depois garrafas e mais garrafas de champagne importado para aproximadamente 50 numa das boates mais caras da zona sul! Este foi o histórico de Mr. R em sua primeira noite em Hell de Janeiro. 

Mas, inferno mesmo vivenciou o mancebo que escreve este texto. Afinal, ele pagou pomposas quantias de dinheiro aos que nada fizeram por ele e a mim, que lhe recepcionei em tudo, me presenteou um cigarro mais fedido que o chulé de um sul coreano que ficou hospedado no mesmo hostel meses depois. 

Enfim, o último encontro que tive com Mr. R foi no apartamento que ele alugou para sua hospedagem aqui. Ele tomava cachaça pura às duas horas da tarde e estava acompanhado de uma puta mais feia que se masturbar pensando na avó. Alguns acreditam que o bacana estava a ponto de morrer e por isso decidiu vir ao Brasil e literalmente botar pra fuder antes de bater as botas.

Algumas pessoas ao morrerem deixam uma grande marca. Minha intuição diz que Mr. R, contanto, continua vivo, mas é certeza que ele marcou a vida de todos que conheceram esse gringo endinheirado.

Os gringos e as putas!


Um amigo vive me dizendo "se tem bico de pato, pena de pato, pé de pato e faz *quack*, é pato". Se um gringo vêm ao Rio, aluga um apartamento só pra ele e, de preferência próximo ao posto 2, ele só pode estar atrás de uma coisa: puta.

Ainda me lembro de um americano que devia estar na casa dos sessenta e poucos. Ele tinha baixa estatura e uma bengala super maneira cuja ponta era a cabeça de uma águia!  Qunando for mais velho, quero uma igual pra mim! Na época ainda funcionava em Copacabana a boate Help e ele disse que queria alugar um apartamento nas imediações do posto 5 por ser próximo do Restaurante Meia Pataca onde ele sempre gostou muito de ir. Sei, faz de conta...

Ele alugou um apartamento com uma corretora. Lugar bem bonitinho por sinal num edifício estritamente residencial e com direito a tapete vermelho na entrada. Se bem que com o preços absurdos que estão cobrando os condomínios de Copacabana atualmente, tapete vermelho é até pouco! Um porteiro que fale francês e me sirva um cafezinho cada vez que chegasse assim como odaliscas que me dessem morangos na boquinha seria o mínimo que poderiam fazer.

Mas enfim, voltando ao yankee, tendo passado somente uma hora que chegou ao apartamento, ele já liga para a corretora com uma reclamação: "There is no hot water in the shooooooooower!" disse com um sotaque típico daqueles negões da Filadélfia cujos enlatados temos de engolir todo fim de noite de domingo.

A corretora prontamente foi ao imóvel e adivinha quem atende a porta. Uma muher total e completamente pelada! Não é que o bacana tendo passado somente uma hora que chegou ao Rio de Janeiro já tinha descolado uma cocota? 

Não sei o que me deixa mais surpreso, os gringos de meia idade que vêm atrás de puta ou aqueles que não acreditam que elas sejam putas! Certa vez tava tomando cerveja com os amigos e passa um gringo conhecido. Ele se senta para nos acompanhar numa cerva e no terceiro copo já arriscava algum português. "Eu no gostar de prostitutes" me disse o branquelo. Dois minutos depois passa por nós uma dama usando um vestido mais curto que sua pouca vergonha, um salto cujo "clock, clock" podíamos ouvir desde a esquina e lhe diz "Hi, Daniel!". E depois que a mesma foi embora, sabe o que me disse o bonitão? Que ela era professora. Sei...só se for de anatomia, né?
Ahh, como Copacabana era engraçada nesses tempos. As metetrizes começavam a trabalhar meia noite na porta da Help cobrando quinhentos reais. Conforme o tempo ia passando elas iam descendo a rua para tentar fazer algum nas esquinas até chegar na Prado Junior onde o preço já havia baixado para cem reais o programa completo. Na hora da xepa então, dependendo da conversa, podia até rolar por cinquentinha mais um salgado e um refresco. Para muitos isso é trágico, mas para muitos gringos, como os que ilustram o post de hoje é pura alegria.